outubro 09, 2010

Going on 31

Daqui a 21 minutos eu faço 31 anos. E me sinto com 31 anos. Nem um minuto a menos. O tempo passa... E passa rápido demais.

Acabei de concluir um trabalho. Em algumas horas, se o tempo ajudar, estará seco e pronto para embalar e entregar para sua futura dona. Gostei do resultado.

E tem uma porção de outros trabalhos a serem feitos, alguns que gosto mais e outros que gosto menos. Há também os que não gosto de fazer, mas faço. Porque, como diria minha psicanalista, nós precisamos aprender a lidar com as coisas que surgem da melhor maneira que podemos, sem perder o prumo. Nós não fazemos sempre tudo o que gostamos. A felicidade até existe, mas não está sempre em volta. E nem por isso devemos sofrer pelas coisas que surgem.

Me fez lembrar de um pensamento budista (que sempre esqueço na hora em que deveria lembrar): o universo só entrega a você o que você está preparado para receber. Ou seja: você nunca recebe nada que não pode administrar. Pode até ser que na hora em que o "presente" chega às suas mãos você ache aquilo tudo um absurdo, que você não merece e todo o caminhão de sensações que vem junto com o "presente", mas é fato que, se chegou até sua mão é porque você já pode lidar com isso. Se não sabe ainda, vai aprender.

Aliás, viver a base de merecimentos é uma idiotice sem fim. As coisas não surgem em nossa vida porque nós merecemos ou não. Elas simplesmente surgem. Não existe uma cadeia de acontecimentos pré-determinada, através da qual há premiações por bom ou mau comportamento.

Agora faltam 14 minutos para meus 31 anos. Eu não sou mais menino, e estou entrando de fato nos 30 anos, ou na quarta década da minha vida, por assim dizer.

Não deveria reclamar. Eu posso, mas não deveria. E não vou. Tudo o que tenho e faço é resultado de uma cadeia de eventos e escolhas que eu mesmo fiz em algum momento. E se fiz, foi porque era o melhor que poderia ter feito. E assim sendo, é.

Parabéns pra mim.

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