Tive uma conversa muito longa hoje sobre preconceitos diversos. Justamente com uma das pessoas que conheço que menos tem preconceitos e que está lidando com uma certa barra com relação a isso. No fundo, intolerância é uma coisa que incomoda a cada pessoa de maneira muito peculiar.
A mim, pouco importa se fulano é branco, negro, amarelo, azul com bolinhas verdes. Se gosta de homens, mulheres, ou se não gosta de ninguém, realmente não importa. O que importa é que cada um é livre para ser como quer ou para parecer como quer, ou para fazer o que quer.
Obviamente há regras sociais que nos fazem parar antes de tomar algumas decisões ou algumas ações. Essa necessidade de viver em sociedade nos faz ficar assim e obedecer a essas regras. Eu tenho as minhas, obedeço as que acho justas e procuro não invadir o espaço alheio com minhas neuroses pessoais. A duras penas aprendi a guardá-las todas para mim e deixar que algumas opiniões que tenho fiquem somente para mim.
Assim como sei que não acerto 100% das vezes, entendo que as demais pessoas também não são perfeitas e não acertam 100%. Mas respeitar o espaço alheio é o caminho mais curto para a salvação pessoal de cada um de nós. Como é que alguém pode querer não ter seu espaço invadido, se vive se enfiando onde não deve, sem ao menos pedir licença.
Esta casa é minha. Este espaço é meu, e nele faço como acho melhor. Digo o que quero, penso o que quero e faço como quero. Sim, esse espaço não é e nem nunca será democrático. Não divido com ninguém justamente porque quero esse pedacinho só para mim.
Eu já entendi uma parte da história que ainda não havia entendido. OK, lição aprendida. Eu já entendi melhor como as coisas funcionam (ou não) para mim. Não adianta procurar pelo que não existe.
Eu sei, parece bem fácil, parece óbvio, mas no frigir dos ovos, não é!
Mas para não fugir do 'tema', falava sobre preconceito. Como diria uma grande amiga, eu sou uma pessoa extremamente tolerante com a intolerância. Por mais que pareça o contrário para quem me conhece pessoalmente, é exatamente isso: eu aprendi a conviver com algumas diferenças saudáveis de opinião e com outras escolhi simplesmente não conviver.
Só que sentir na pele essas diferenças nem sempre é fácil e muitas vezes saímos machucados dessas situações. Já me feri e feri várias vezes. Como disse lá em cima: eu não acerto 100% e nem me cobro para isso.
Um dia, eu vou ser gente grande em todos os aspectos e aí sim, a coisa toda vai ser diferente.
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