Estava voltando do almoço esta semana, parei para fumar meu cigarro digestivo do dia e eis que começo a notar a movimentação das mulheres caminhando pelas ruas. Elas saem dos shoppings carregadas de sacolinhas. Todas. São pouquíssimas as que se limitam a levar somente suas bolsas, ou mesmo, suas carteiras em punho.
E é fácil notar que a onda das maxi bolsas não foi embora. Aquelas bolsonas imensas, coloridas, de verniz, penduradas em ombros estreitos, ou seguras por mãos pequenas e delicadas. É bonito. Ficca bem.
O que eu não entendo é que em um momento em que as pessoas deveriam tomar um pouco mais de consciência com todo esse problema de aquecimento global, mudanças climáticas e afins, uma criatura saia com uma bolsa daquele tamanho, praticamente vazia (os cacarecos dentro delas não ocupam nem 1/8 da capacidade da bolsa), e ainda assim, tragam sacolinhas em punho.
Essas pessoas nem precisam de sacolas de tecido, ecologicamente corretas. Elas poderiam ter o senso de que basta pagar o produto que acabaram de comprar em alguma loja do shopping (as sacolinhas das Lojas Americanas são as mais comuns) e enfiar um bendito xampú e condicionador na própria bolsa. Saem parecendo um mancebo, segurando um milhão de coisinhas nas mãos, além da maxi bolsa.
Brrasileiro é um povo engraçado demais, e inteligente de menos, em sua maioria. Todo mundo está ciente do que acontece por aí, no mundo (é difícil não saber), e mesmo assim, é resistente a coisas simples que podem ser feitas com a maior facilidade. Está na altura de suas mãos, ou pendurada em seus ombros.
Parece pouco? Mas é muito. Um pequeno gesto e tudo muda. É um passinho dado de forma diferente e tudo muda. Não precisa abrir mão de tudo ao mesmo tempo agora, mas uma coisinha aqui e outra ali já fazem toda a diferença. Ao menos, no meu mundo.
Lv.
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