Navegando pelo cybermundo afora, ao menos nos sites nacionais, grandes portais, sites de fofocas, de receitas e afins, já deu pra notar que estamos num momento muito pobre de assuntos interessantes (nacionalmente falando). Os principais tópicos da semana, e quase do mês de maio inteiro foram somente dois: o nascimento da filha de Brad Pitt e Angelina Jolie, na Namíbia, cercada por um forte esquema de segurança, quase uma operação de guerra e muito blá-blá-blá, ou a Copa do Mundo. Francamente...
Que diferença faz na vida de uma pessoa o local onde duas pessoas riquíssimas (estou falando de dinheiro, somente) escolheram para ter seu bebê, ou a maneira como fizeram que um país inteiro vivesse em função disso? Para mim, não faz a mínima diferença, sinceramente. Mas me faz pensar em um aspecto interessante: a opção de serem atores foi deles, certo? Eles foram trabalhar em filmes famosíssimos em Hollywood, certo? Ganham cachês milionários para cada um de seus trabalhos, certo? Bom, se fizeram todas estas escolhas, parto do princípio que ao menos deveriam gostar de serem o tema da festa, a cereja do bolo, a azeitona da empada da mídia e dos fãs, certo? ERRADO! Eles preferiram se isolar de todo mundo para terem paz. Agora, alguém consegue me convencer de que uma pessoa que quer ter paz simplesmente faz toda a trajetória que descrevi acima? E o mundo inteiro fica constantemente sofrendo a pulverização de uma informação que realmente não interessa a ninguém, a não ser os próprios e suas famílias e amigos.
Não sou muito afeito a esse tipo de publicidade ou sensacionalismo na mídia. Bastava apenas uma notinha a respeito (já que os fãs podem se interessar a respeito) e pronto. Assunto encerrado. Aguardem fotos da "família mais bonita do mundo". Resumir um universo inteiro de pessoas em apenas cinco é de uma pobreza de espírito sem tamanho.
O outro assunto do momento é Copa do Mundo. Sei que posso ser linchado, amarrado a cavalos e ter o corpo despedaçado em praça pública por conta desta parte do post, mas, sinceramente, no que muda o rumo da história um bando de pessoas que ganham fortunas driblando, atacando e defendendo uma bola, separados em times, divididos por países, jogando juntos? Não muda nada. Mas ninguém tem coragem de assumir essa verdade: futebol é paixão nacional, e quem não faz parte desse grupo "apaixonado", não é normal, nem legal e nem importa.
Os jogadores ganham milhões de dólares por partida, têm contratos milionários, são avaliados em bolsas de valores, têm seus passes valorizados ou não de acordo com suas conquistas. E algumas pessoas deixam de comprar pão para colocar na mesa de suas casas para pagar entradas para jogos de futebol e verem seus "times do coração" se degladiando dentro do campo/arena, para conquistar um título.
Essas mesmas pessoas têm a capacidade de se estapear, de agredir uns aos outros porque o time perdeu, ou porque se acham superiores seja por qual for o motivo. E os insanos matam também. Matam pais de famílias, matam trabalhadores que gostam simplesmente de curtir um jogo de futebol (respeito quem gosta, mas eu não gosto), e vestir a camisa do time para ir ao supermercado no final de semana.
Agora mais uma pergunta fácil: qual é o real fascínio que uma Copa do Mundo causa nas pessoas a ponto de parar o mundo por causa disso? Em que aspecto um jogo realmente muda a vida de uma pessoa, ou de muitas pessoas?
Bom, em suma, depois de toda essa explanação a respeito das notícias "mais importantes do momento", ao menos nos sites nacionais de notícias, se alguém que veio até aqui, leu tudo isso e tem alguma opinião a respeito, tiver algum apontamento a fazer ou mesmo, a resposta para as perguntas acima, por favor, fique a vontade para expressar educadamente seu ponto de vista.
Lv.
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