:: Pecado Novo ::
dezembro 06, 2012
Despromovido
janeiro 30, 2012
Cisne Negro
Depois de um milhāo de anos assisti ao filme. Fantástica a interpretaçāo da Natalie Portman e da Mila Kunis. Ambas deveriam ter ganhado o Oscar.
janeiro 27, 2012
Testando meu novo brinquedo
Assim espero...
janeiro 20, 2012
Dentro de Mim Mora um Anjo
aros azulados. São lentes grandes que cobrem parcialmente as
sobrancelhas, mas ainda assim é possível perceber o desprezo que
acontece por baixo deles. Além dos olhos, todo o restante do corpo
grita esse desprezo, movendo-se de um lado para o outro da calçada,
enquanto as pessoas passam apressadas pulando as poças d'água deixadas
pela chuva da noite anterior.
Trata-se de uma figura corpulenta, obviamente bem acima do peso normal
e beirando a obesidade com a qual boa parte dos cardiologistas
constroem suas carreiras de sucesso. Em dois ou três passos foi
possível identificar que dentro daquele corpanzil morava uma figura
magra, lânguida e sinuosa querendo sair. Como se todo aquele corpo
fosse apenas uma armadura, impedindo que o corpo de verdade pudesse se
mostrar para o mundo.
Preso dentro de uma calça social preta e camisa cinza-chumbo, com
sapatos baratos com solado de borracha, os óculos de sol com aros
azulados e lentes fumê eram a única coisa que entregava o que a
carapaça roliça escondia. Os óculos mostravam certa irreverência para
tanta formalidade nas vestimentas. Um grito de liberdade em meio a
toda aquela fantasia. E tinha o olhar de desprezo, as passadas de
desprezo, o movimento de desprezo e o cigarro apoiado nos lábios com
uma empáfia única.
Pela maneira com que sorvia a fumaça e retirava o cigarro da boca
enquanto se locomovia era notório que a figura presa dentro de si
queria sair gritando em meio a toda aquela balbúrdia do Centro da
cidade, em meio às poças d'água e mostrar toda a liberdade que não
podia ter. Era prisioneiro dentro daquela figura corpulenta, com
roupas e sapatos baratos e obrigado a se vestir e agir como quem não
era de fato.
A figura era triste. O olhar de desprezo só denotava a enorme tristeza
em ter que fingir para o mundo ser uma pessoa que não era por dentro.
Mas a essência escapava aqui e ali como se não pudesse se conter por
muito tempo e tentasse a todo custo escapar por onde pudesse: pela
boca, orelhas, narinas e os poros. E escapou com a fumaça do cigarro,
os gestos delicados, quase femininos, e os óculos de aros azuis com
lentes fumê.
janeiro 14, 2012
Mais uma nota pessoal
Talvez o melhor seja mudar logo de casa, mesmo, assim este problema fica resolvido de vez. Este e outros tantos problemas. Assim já vai ficando tudo macio.
dezembro 12, 2011
Nota pessoal
agosto 16, 2011
Neruda...
Escrever, por exemplo: "A noite está estrelada,
e tiritam, azuis, os astros lá ao longe".
O vento da noite gira no céu e canta.
Posso escrever os versos mais tristes esta noite.
Eu amei-a e por vezes ela também me amou.
Em noites como esta tive-a em meus braços.
Beijei-a tantas vezes sob o céu infinito.
Ela amou-me, por vezes eu também a amava.
Como não ter amado os seus grandes olhos fixos.
Posso escrever os versos mais tristes esta noite.
Pensar que não a tenho. Sentir que já a perdi.
Ouvir a noite imensa, mais imensa sem ela.
E o verso cai na alma como no pasto o orvalho.
Importa lá que o meu amor não pudesse guardá-la.
A noite está estrelada e ela não está comigo.
Isso é tudo. Ao longe alguém canta. Ao longe.
A minha alma não se contenta com havê-la perdido.
Como para chegá-la a mim o meu olhar procura-a.
O meu coração procura-a, ela não está comigo.
A mesma noite que faz branquejar as mesmas árvores.
Nós dois, os de então, já não somos os mesmos.
Já não a amo, é verdade, mas tanto que a amei.
Esta voz buscava o vento para tocar-lhe o ouvido.
De outro. Será de outro. Como antes dos meus beijos.
A voz, o corpo claro. Os seus olhos infinitos.
Já não a amo, é verdade, mas talvez a ame ainda.
É tão curto o amor, tão longo o esquecimento.
Porque em noites como esta tive-a em meus braços,
a minha alma não se contenta por havê-la perdido.
Embora seja a última dor que ela me causa,
e estes sejam os últimos versos que lhe escrevo.
Cigano
(Caio Abreu)
junho 27, 2011
Sobre todas as coisas e eu...
junho 12, 2011
maio 24, 2011
março 21, 2011
Sutileza
fevereiro 06, 2011
Cadeiras de Balanço
O tempo vai passando para mim, sentado aqui na minha cadeira de balanço imaginária.