Não pense que fiquei insensível. Continuo me preocupando com as coisas e estou presente sempre, mesmo que não seja pessoalmente. Nos vemos pouco, porque às vezes a vida é um pouco cruel com todos nós. E nossas agendas pessoais e profissionais não permitem que nos vejamos sempre.
Mas eu queria lhe dar uma dica de algo que aprendi, tropeçando aqui e ali: não divulgue suas tristezas. E economize na publicação de suas alegrias. O mundo não quer e nem precisa saber da nossa vida em uma lupa. Preservar-se é muito importante e é muito bom.
Ninguém será capaz de conceber o que você está sentindo. Nunca. Suas sensações são muito particulares e ninguém poderá senti-las por você. Então pense bem antes de dividi-las com o mundo, porque as pessoas são cruéis e o mundo definitivamente não é cor-de-rosa.
Não dê essa bandeira. Guarde para você. Divida com poucos. Com os que estão sempre aí. Guarde para si. Não deixe o mundo saber. As pessoas tentam, mas não vão entender. Corte o drama. Não se desgaste para sensibilizar as pessoas com o que é seu. Não dê às outras pessoas a oportunidade de terem isso para magoar você.
Escolhi ficar calado e desenvolver minhas impressões a respeito das coisas com o maior distanciamento possível delas, se possível, como expectador. Já me bastam as coisas todas minhas com as quais tenho que lidar diariamente e a todo minuto. Egoísmo? Não! Economia de expressão.
E por causa disso me reservo ao direito de só comentar e dividir o que eu quero, na hora que eu quero e com quem eu quero e isso pra mim é lei.
Não, não fiquei insensível. Talvez só um pouco mais prático. Mas não acho que algumas coisas devem ser públicas e acho que certas dores devem ser mantidas em particular. Dividi-las é inútil, visto que ninguém vai poder diminuir essa sensação.
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