novembro 30, 2005

I do

Vamos fazer um trato: de agora em diante eu cuido de você e você cuida de mim.

Mas vamos fazer com que este trato não vire um castigo irreparável para ambos. Ele servirá só para sabermos que cada um de nós é uma pessoa única, mas que tem a outra para caminhar junto. Tem a outra para completar o espaço que falta na palma da mão, no vão entre os dedos, no silêncio do quarto, no lado da cama, no banco do passageiro do carro, na hora de dividir um problema e principalmente na hora de compartilhar uma alegria.

De agora em diante, o mais importante (independente dos contratempos que aparecem no caminho), um sabe que o outro está sempre lá, mesmo quando não está presente fisicamente.

E assim fica mais fácil caminhar. Fica mais fácil esticar o braço do outro lado da cama e saber que ela não está vazia, e que, mesmo quando faltarem as palavras, elas estarão sempre lá, implícitas em cada uma das coisas que fazemos. Assim, feito o trato, nenhum de nós está mais só, e embora cada um de nós seja único, todos os espaços estarão completos pelo outro.

Lv.



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